sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Friagem em Rondônia

         O rondoniano é surpreendido no inverno pelo fenômeno da "friagem", que ocorre entre junho e agosto. 
          A brusca queda de temperatura, conhecida como friagem, é provocada pela penetração de uma frente de massa de ar polar proveniente do sul. A mínima diária pode chegar a 8ºC. Na Chapada dos Parecis, os termômetros já registraram mínima de 0ºC quando da ocorrência do fenômeno.
         Observe nos dois mapas a seguir como funcionam as massas de ar para entender o fenômeno da friagem.
 Vejamos, primeiro, o significado das siglas que aparecem no mapa.
Massas de ar quentes e úmidos:
- mEa - massa equatorial atlântica
- mEc - massa equatorial continental
- mTa - massa tropical atlântica
- mTc - massa tropical continental - quentes e secas
- mPa - masa polar atlântica - fria e úmida

         No verão, atuam sobre o Brasil as massas de ar quente e úmidas: mEc, mEa, e mTa, e a massa quente e seca, mTc. Repare na extensão de influência da mEa no verão.

          No inverno, há um leve deslocamento das áreas onde se formam as massas de ar. 
       A mEc perde força e se retrai, e a mTa expande a área de atuação. 
       Ao mesmo tempo, a mTc pouco influencia o Brasil no inverno. 
     Em compensação aparece a mPa que se forma no sul da Argentina. É fria e úmida, no início, tornando-se seca na medida em que avança para a Amazônia Ocidental. 
     A mPa só atinge o noroeste do País, inclusive Rondônia, quando é muito forte, subindo pelos vales dos rios Paraná e Paraguai. É essa massa a responsável pelo fenômeno da friagem amazônica, caracterizada pela repentina queda de temperatura dessa região, normalmente quente.




terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Aspectos Econômicos de RO

Vários ciclos econômicos fizeram parte do desenvolvimento regional, mas, na atualidade, predomina o agropecuário, com destaque para a cafeicultura e bovinocultura (gado leiteiro e de corte) entre outros produtos e um setor industrial nascente.


O primeiro ciclo econômico ocorreu com as descobertas de ouro no rio Corumbiara, afluente da margem direita do rio Guaporé, a partir de 1744; nessa mesma época houve também o período das drogas do sertão, mas o primeiro grande ciclo econômico foi o da borracha.

 Este ciclo dividiu-se em dois. O primeiro teve início por volta de 1877, quando uma grande leva de nordestinos migrou para o vale do Madeira e seus afluentes: rio Machado ou Ji-Paraná, Mamoré, Guaporé e Jamari e o segundo ciclo teve início em 1942, ocasião da Segunda Guerra Mundial.

No período do Primeiro Ciclo de Extração de Látex foi construída a maior obra da história da Amazonas, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, hoje Museu Histórico.
O Primeiro Ciclo de Extração de Látex, (borracha) começou a decair a partir de 1912 e, em 1918, já estava em pleno declínio, não pela falta do produto, mas pelo preço praticado no mercado internacional, principalmente no continente Asiático, mas precisamente na Malásia.

A retomada da demanda de extração de látex, seiva da árvore seringueira, nativa da Amazônia, ocorreu em decorrência da Segunda Guerra Mundial, isto porque os seringais da Malásia foram ocupados por tropas japonesas. Naquele período, as atenções do mundo convergiram para a produção do látex na Amazônia. O próprio governo brasileiro (Getúlio Vargas), convocou trabalhadores para trabalharem na extração de látex. Foi neste período que surgiu o soldado da borracha. Os vales amazônicos foram novamente ocupados.


Em 1952, ocorreu a descoberta de existência de estanho, que foi importante para a economia regional de Porto Velho, surgindo ai o ciclo da extração da cassiterita, que também divide-se em dois períodos: 
- o primeiro período foi o da garimpagem manual, que durou até 31 de março de 1971, quando foi proibida pelo Governo Federal; 
- a partir dessa data, iniciou-se o período da garimpagem mecanizada. 

Ainda na década de 50, do século XX, existiram os garimpos de diamante no rio Machado, nas proximidades de Vila Rondônia, atualmente cidade de Ji-Paraná, e Pimenta Bueno, que tiveram pouca durabilidade.

O atual ciclo econômico de Rondônia iniciou-se na década de 70, do século XX, com a chegada de migrantes oriundos, principalmente, das regiões Sul e Sudeste do Brasil, cuja maioria era proveniente dos estados do Paraná, Espírito Santo e Minas Gerais, começando assim o plantio de lavoura de café e a formação de pastagem. 

Nesse mesmo período, deu-se início às instalações de indústrias madeireiras que, do final da década de 70 e durante a de 80, do século XX, eram responsáveis absolutas pela geração de empregos, renda e ainda hoje são de suma importância para a economia do Estado.

Em 1971, a CEPLAC Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira, respaldada em estudos que apontavam a viabilidade da lavoura cacaueira na região, deu incentivo ao plantio nas localidades de Ouro Preto, Jaru e Ariquemes.

Em 1976, foi implantado o programa PROCACAU, que incentivou ainda mais o plantio da lavoura, chagando a 54.000 hectares, em seis mil pequenas propriedades rurais.
Paralelamente a esse acontecimento, as lavouras de café e a criação de rebanho bovino se desenvolveram por uma vasta região, mas, no início dos anos 1990, os cafeicultores rondonienses enfrentaram outro problema, o baixo preço na saca do café, que, às vezes, não compensava nem colher. 
Muitos foram os que, cortaram os cafezais e substituíram as áreas por pastagens. 
A partir de 1997, os preços voltaram a subir e chegou, em 1999, a R$ 150,00. Novamente ocorreram novas plantações, porém, o preço da saca começou a cair a partir do ano de 2000, e em 2001 chegou a R$ 25,00, voltando a ser desestimulado. 

Na atualidade, Rondônia é o 5º maior estado brasileiro na produção de café.
O rebanho bovino sempre continuou crescendo e é predominante em todo o Estado, formando uma grande bacia leiteira, com destaque para a região de Ouro Preto, Jaru e Ji-Paraná.

Outros investimentos já começam a florescer, na economia regional, são plantações de pupunha (palmito, piscicultura), e o cultivo de soja e arroz, em áreas mecanizadas, no sul do Estado.

Rondônia é um Estado de vocação agropecuária, o solo rondoniense produz, não só os já citados produtos, mas uma diversidade de cereais, frutos, verduras e legumes.



Atividade no caderno
Construa uma linha do tempo dos
Aspectos Econômicos
em Rondônia













Mineração em RO

     Os recursos minerais são divididos em metálicos e não-metálicos.
     Os minerais metálicos perfazem 85% dos recursos do estado, enquanto os não-metálicos apenas 15%.
     Ouro, ferro, manganês e estanho (cassiterita) são os destaques dos metálicos.
    Entre os não-metálicos sobressaem jazimentos de diamante, ametista, berilo, água-marinha, arila, areia, cascalho, granito, gnaisse, gabro e cascalho.

Observe mapa dos jazimentos Minerais para ter uma visão geral da distribuição das substâncias minerais pelo estado.


       Podemos verificar que o maior número de jazidas são de cassiterita (estanho) e de ouro.
     Há concentrações minerais no leste, na divisa com o Mato Grosso, no oeste a margem direita do Rio Guaporé.
      No Planalto dos Parecis, acompanhando a BR-364, localizam-se depósitos minerais desde o extremo sul do estado até Porto Velho e, depois, ao longo do Rio Madeira.
     A área menos aquinhoada é a margem direita dos Rios Guaporé-Mamoré, ou seja, a metade oeste do estado.

Sugestão: Veja o documentário sobre a mineração de cassiterita:

Filme de Marcos Santilli sobre a mineração de cassiterita no garimpo Bom Futuro


A primeira mina de cassiterita descoberta em Rondônia, se localizava no rio Machadinho, no seringal denominado Augustura, de propriedade do Sr. Joaquim Pereira Rocha, no ano de 1955, este achado mudaria a História sócio-econômica de Rondônia.

      Em 1956, foi retirado inicialmente 4 toneladas, já em 1968 foi retirado do solo cerca de 10 toneladas, em 1962 retirou-se aproximadamente 678 toneladas do minério, em 1972 foram retiradas 2794 toneladas, e em 1973 no auge da extração do minério chegou-se a tirar até 7300 toneladas, chegando neste período a produção corresponder a 80% do produzido no país; tendo na figura de Flodoaldo Pontes Pinto e Moacir Mota, os maiores empresários envolvidos neste processo.


      Para entendermos com mais clareza este fenômeno e suas conseqüências, o território de Rondônia no ano de 1960 tinha apenas 36.936 habitantes, em 1980 essa população já era 10 vezes maior, correspondendo a 503.070 habitantes, a capital do estado, Porto Velho, já contando com pelo menos 20% desse total de habitantes.

      Com a abertura da BR 364 e a chegada dos primeiros caminhões, a exploração da cassiterita cresceu de maneira astronômica. O processo de povoamento do estado também foi alterado devido à exploração do minério, ocasionando com isso transformações fundamentais nas vidas das pessoas que aqui residiam, uma vez que a economia do território, até então, era fundamentalmente vegetal, foi permutada para o extrativismo mineral. 

    Inicialmente a garimpagem da cassiterita se dava de forma clandestina e manual, os garimpos eram densamente povoados, e através desta povoação se desenvolveu as primeiras pistas de pouso, e alguma infra-estrutura nestas localidades.

      A maior parte da força de trabalho era masculina, o garimpeiro carregava consigo dois amigos inseparáveis: o revólver e o radinho de pilhas. 

A extração do minério era um grande sacrifício, geralmente a equipe de trabalho era constituída por duas ou três pessoas responsáveis pela escavação. Estas geralmente atingiam profundidade de até 3 metros, o desmonte da referida cata era feito após 2 ou 3 semanas de serviço. 

    O material utilizado para este fim era: picareta, enxadas, pás, enxadecos, facões e bombas para retirar a água de dentro das catas, que por sua vez era dividida em 3 partes:
1- Remoção do morto / compostos orgânicos (restos vegetais)
2- Argila/ areia, material de cor escura (loleia).
3- Cascalho, complemento de areia, pequenas partes de minério e bastante água.


      A quebra era a denominação utilizada pelo garimpeiro da retirada do cascalho. Geralmente dava-se início as atividades de trabalho ás 4 horas da manhã, até as 18 horas ininterruptamente.


CASSITERITA E DANOS AMBIENTAIS:

http://verbetes.cetem.gov.br/verbetes/ExibeVerbete.aspx?verid=106

















sábado, 4 de janeiro de 2014

Transporte Rodoviário

Transporte

Durante mais de 200 anos, os meios de acesso a Rondônia eram os rios, princialmente o Madeira, o Mamoré e o Guaporé.
Em direção ao interior do estado, os afluentes da margem direita desses mesmos rios, como ainda ocorre hoje, sobretudo no Vale do Guaporé-Mamoré.

Transporte Rodoviário

      Foi a construção da BR-364, cortando o estado na parte leste, de sudeste (Vilhena) para noroeste (Porto Velho) que possibilitou o acesso não só ao interior de Rondônia, como também a comunicação com o Centro-Sul do País. Aberta em 1960, só foi asfaltada na década de 1980.
        A BR-364 tornou-se o corredor e exportação dos produtos agropecuários e, de madeira, tanto para o sul como para o norte.
      utra rodovia importante é a BR-325 que liga Guajará-Mirim a BR-364 no trecho que dá acesso ao Acre.

1. Para conhecer outras Rodovias em Rondônia leia Aqui

2. Clique no mapa e conheça as Rodovias:


3. Veja o vídeo da BR 364












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